domingo, 27 de novembro de 2022

Sol Volte

 


Eram dias que pareciam todos a mesma coisa, um navegar em águas sombrias...

Na imensidão de um mar escuro e vazio, avistei um farol iluminando o horizonte.

Navegava sem rumo naqueles dias de neblina e frio.

Aquela luz brilhava como se fosse um aviso de que era preciso seguir em frente, de que haviam motivos para meu coração voltar a sorrir.

Era a prova de que nos momentos em que a escuridão e o vazio se alastravam e devastavam tudo, o sol e a vida nasciam novamente todos os dias, trazendo novos caminhos a seguir, novos sonhos para sonhar e realizar.

Tudo o que eu mais queria naquele momento era enxergar algo além daquela neblina cinza e sentir algo além daquele vento frio.

O vento soprava forte entoando um cântico demoníaco dentro dos meus pensamentos...

Era estranho ter que aceitar a partida, quando na verdade estamos acostumados apenas com uma simples despedida, com um até logo, até daqui a pouco...

E mesmo que a partida fosse mera e inevitável consequência de ser ou estar aqui, o difícil realmente é aceitar quando chega a hora.

Mas uma coisa era certa: era inevitável continuar, era inevitável seguir em frente.

Então percebi que o mais sensato era olhar para a vida enxergando apenas os bons momentos que vivemos, os momentos de sol, de brisa, de mar...

Sentir o abraço dos filhos, dos entes queridos, viver os sorrisos e sonhos que se podem disfrutar juntos na companhia de alguém.

O maior aprendizado foi que devemos sempre valorizar ao máximo os bons momentos que vivemos, valorizar ao máximo as pessoas que nos fazem ter motivos para sorrir, pois nada dura para sempre e as vezes, o tempo que temos para demonstrar amor e carinho é muito menor do que imaginamos...

E assim, o sol aos poucos voltava a brilhar no meu caminho...






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