terça-feira, 9 de agosto de 2011

D.A.S. ( Departamento de Açougue Social) .





Os caminhos nos levam até dimensões
que ecoam gritos,dores,prazeres
Corredores frios sem um fim presente,ausente frequente

estou muito, muito preso 

O sol brilha intensamente 
penetrando cada vez mais em nosso meio
me seca arde queima
Continuo com meus pés descalços

estou muito , muito preso 

Quando vi em minha frente o reflexo do meu passado 
tudo pareceu mais transparente claro e limpo 

continuo preso, muito preso 

As praças suburbanas concentram cada vez mais 
a displiscente omissão do homem
Os caminhos cada vez mais perdem a vida
soterrados no concreto 

as pessoas cada vez mais se perseguem 
por razões que a evolução as condiciona 

Estou muito , muito preso 

Volto ao meio das cinzas
que cobrem as pétalas murchas, esmagadas e frias

pelo decadente amontoado de idéias fechadas

Estou preso , muito preso ...




Sergio Mossmann

Suplício




Em meio a todos eles
lá está ele, o próprio
Será o nosso ente mais querido ?
Ou só mais um bandido


Não importa, é o fim
Eles não tem volta nem fim
Pois o fim é doce e amargo
sempre causa algum estrago
no sapato de alguém
não importa, ninguém é ninguém
Sofrem porque tiveram
suas aparências inerentes ao fogo do inferno
ou qualquer dia de inverno
num pequeno ladrilho
me jogo assim como
num sino de vidro que toca uma vez
estilhaçado em triângulos
acumulando entulhos dos homens bomba
Sabemos que dessa não sairemos ilesos
de nossos sentimentos servis
todo criador precisa de nicotina?
a fumaça subindo aos céus...
parece mais um porco
pedindo suplício
à sua clonagem virtual ...




Mota