Os caminhos nos levam até dimensões
que ecoam gritos,dores,prazeres
Corredores frios sem um fim presente,ausente frequente
estou muito, muito preso
O sol brilha intensamente
penetrando cada vez mais em nosso meio
me seca arde queima
Continuo com meus pés descalços
estou muito , muito preso
Quando vi em minha frente o reflexo do meu passado
tudo pareceu mais transparente claro e limpo
continuo preso, muito preso
As praças suburbanas concentram cada vez mais
a displiscente omissão do homem
Os caminhos cada vez mais perdem a vida
soterrados no concreto
as pessoas cada vez mais se perseguem
por razões que a evolução as condiciona
Estou muito , muito preso
Volto ao meio das cinzas
que cobrem as pétalas murchas, esmagadas e frias
pelo decadente amontoado de idéias fechadas
Estou preso , muito preso ...
Sergio Mossmann
Sergio Mossmann